Casos de sequestros e roubos com PIX aumentam no Estado de São Paulo
O PIX se tornou uma ferramenta facilitadora de transações entre diferentes instituições bancárias. O grande destaque do uso dessa ferramenta é a realização de transações sem custo e de forma rápida, independente do dia ou horário. Essa facilidade ajudou e prejudicou muitos brasileiros.
No Estado de São Paulo, os sequestros-relâmpagos aumentaram cerca de 70% no último ano. A principal forma de pagamento exigida pelos criminosos é a transferência via PIX.
De acordo com a Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), de janeiro a junho deste ano foram registrados 206 casos de sequestros-relâmpagos, durante o mesmo período do ano de 2020, foram registrados 148 casos.
Quando é realizado o levantamento quadrimestral, de abril a julho deste ano os roubos por sequestro-relâmpago aumentaram cerca de 300%, quando comparado a dezembro de 2020 a março de 2021.
Outro método utilizado pelos criminosos é a clonagem de WhatsApp, no Brasil cerca de 7.000 pessoas têm seu WhatsApp clonado todos os dias. Segundo o levantamento do dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da Psafe, em 2021, cerca de 1,4 milhões de pessoas foram vítimas deste golpe. A principal abordagem é entrar em contato com amigos e parentes das vítimas pedindo dinheiro emprestado e que a transferência seja realizada via PIX.
Na Baixada Santistas, além dos casos de sequestros-relâmpagos, os golpes com transações via PIX também estão aumentando, e o principal alvo são os idosos. Os golpes acontecem geralmente com os criminosos passando por bancários que informam sobre uma possível tentativa de invasão na conta do idioso, tentando convencê-lo de atualizar a sua senha e passar os seus dados pessoais.
“Em entrevista para a Folha de S.Paulo, o chairman e sócio-fundador do Opice Blum, Bruno e Vainzof Advogados Associados, Renato Opice Blum, disse que não é possível abolir de vez o uso de transferências bancárias, já que a tecnologia faz parte da rotina da maioria das pessoas. No entanto, o advogado sugeriu que os adeptos do Pix prefiram usar como chave de acesso o e-mail ou a opção que gera combinação de letras e números aleatórios, o que faz com que o beneficiário não tenha acesso a dados pessoais, como CPF e celular.”
Como o ressarcimento dos valores roubados por transações via PIX são muito difíceis, o mais aconselhável é que as pessoas procurem suas instituições bancárias e solicitem limites diários de transferências, desta forma após atingir o limite de transações ou até mesmo o valor que o cliente determinou com o seu banco, a função é suspensa. Isso ajuda a reduzir o prejuízo, caso alguém seja vítima desse crime.
Fonte adaptada: Folha de São Paulo, Terra e 6minutos